Após muita mobilização e solicitação da comunidade científica, com papel central das mulheres cientistas, a partir desta quinta-feira (15), o Currículo Lattes passa a permitir o registro de licença-maternidade no campo ‘Licenças’. Esta iniciativa é um dos primeiros e importantes passos para a equidade de gênero na carreira acadêmica. Referência e condição necessária para a produção científica nacional, a Plataforma Lattes contém todo o registro da vida acadêmica da comunidade científica brasileira e é utilizada para avaliação em processos seletivos e na concessão de bolsas, por exemplo. O CNPq divulgou o atendimento do pleito no último dia 7.
A reivindicação é antiga e mais do que justa. “A mulher cientista tem uma queda na produção acadêmica quando ela se torna mãe porque demanda muita atenção e tempo. Esta sessão no Lattes vai justificar a redução da produtividade da pesquisadora no que diz respeito à elaboração de artigos e participação de atividades científicas”, explicou Luanda Lima, mãe da Rosa, coordenadora do GT de Educação Popular e Saúde da Abrasco e embaixadora do Parent in Science. Foi esse movimento a liderar a campanha #maternidadenolattes, organizando essa demanda e apresentando-a ao Conselho, órgão do Ministério da Ciência e Tecnologia.
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Fonte: Abrasco. Foto: Pexels.