Abrasquianos questionaram falhas no PNI

“Não podemos esquecer o que aconteceu na pandemia!”. Essa afirmação foi consenso entre todos os convidados da mesa redonda Os legados da pandemia: Lições aprendidas na preparação para o enfrentamento de epidemias e pandemias e legados institucionais, realizada no último dia (23) como parte da programação do 13º Congresso Brasileiro de Saúde Coletiva, que ocorreu no Centro de Convenções de Salvador, Bahia.

“Como explicar que o maior programa de imunizações do mundo deixou de salvar 47 mil idosos que poderiam ser salvos pela vacinação da Covid-19?”. O questionamento foi feito pelo médico sanitarista, coordenador e pesquisador do Núcleo de Epidemiologia e Vigilância em Saúde (NEVS) da Fiocruz em Brasília, Cláudio Maierovitch. “Carregamos um rastro de destruição, sofrimento e morte como nunca vimos antes no país”, afirmou.

O sanitarista também abordou o conhecimento sobre a doença e o vírus, o desenvolvimento de tecnologias de novas vacinas, o impacto social das (des)igualdades em uma emergência em saúde e o papel da cultura e da comunicação. A falta de uma política e coordenação nacional para divulgar e incentivar o uso de medidas corretas contra a Covid-19 também foi lembrado pelo pesquisador. Segundo ele, a falta dessas medidas foi um dos fatores que disseminaram hábitos sem eficácia e inflamaram nas redes sociais os movimentos antivacinas.

Maierovitch apontou, ainda, a falta de investimento na Atenção Básica de saúde, que deveria ser prioridade para o Sistema Único de Saúde (SUS). “Se o Brasil contava com o SUS, por que as pessoas ficaram sem diagnóstico, sem vaga, sem tratamento, sem oxigênio, sem kit de intubação e sem chance?”, questionou.

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Fonte: Abrasco.

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